Portfolio interativo. Faculdade de Educação - UnB. 2/2012

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Papel do Professor de Dança


“A arte não pode mudar o mundo, mas pode contribuir para a mudança da consciência e impulsos dos homens e das mulheres, que poderiam mudar o mundo.” Maria de Fátima Pombo

O professor deve ter em mente que o aluno não é um ser que tem um corpo programado para a imitação. Segundo Verdieri (1998):
“o aluno só estará satisfeito e plenamente realizado em sua corporeidade, a partir do momento em que estiver participando ativamente das atividades e podendo explorar sua criatividade, espontaneidade e rompendo com as limitações de seu corpo, descobrindo, por si só, as coisas maravilhosas que pode realizar com seus gestos” (VERDIERI, 1998, pag. 64)

O professor de dança associada à educação, deve ter consciência de que seu papel é o de proporcionar que o aluno se conheça enquanto corpo e criatividade. Na maioria dos casos de aulas de dança, “o aluno é tratado como um repetidor de movimentos mecanizados” (VERDIERI, 1998, pag. 64), elevando o professor ao patamar de comandante, o que priva a expressão natural de cada indivíduo que faz aquela aula. Cada aluno é um ser único ali, diferente de todos, e essas diferenças, inerentes à cada um, interferem no processo de aprendizagem de cada um. Segundo Nanni (1998) deve-se ter em mente que:
“Apesar da sequência do desenvolvimento motor ser o mesmo para todas as crianças, ele não ocorre com a mesma velocidade de progressão, esta em estreita relação com o estímulo e experiências propiciadas à criança e também em relação as diferenças individuais. Assim, uma criança jamais “correrá” antes de “andar” e diferentes crianças apresentarão padrões distintos de desenvolvimento em termos de velocidade.” (NANNI, 1998, pag. 43)

O professor deve considerar que o momento atual é o da inovação e que o corpo de cada indivíduo, está cheio de emoções e sentimentos que precisam ser expressados de alguma forma, portanto, deve entrar no âmbito do auxílio à essa expressão e afloração da criatividade.
Além disso, o professor deve equilibrar a exigência da aula com o estímulo do interesse do aluno. Para isso, ele pode “buscar exercícios especiais que sirvam como impulsores para novas aquisições técnicas que entusiasmem o aluno” (OSSONA, 1984, pag. 156). Segundo Ossona (1984), a arte de cada ser humano começa na tenra idade, e por isso é preciso estimular essa arte desde cedo, uma vez que ela pode se perder em meio a tantos conhecimentos que podem aparecer no decorrer da vida.


REFERÊNCIAS
NANNI, Dionísia. Dança educação: pré-escola a universidade. 2. ed. Rio de Janeiro: 1998.

VERDERI, Érica Beatriz L. P. Dança na escola. 2°ed. Rio de Janeiro. 1998.

OSSONA, Paulina. Educação pela Dança. São Paulo: Summus. 2a ed. 1984.

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