“A arte não pode mudar o mundo, mas pode contribuir
para a mudança da consciência e impulsos dos homens e das mulheres, que
poderiam mudar o mundo.” Maria de
Fátima Pombo
O
professor deve ter em mente que o aluno não é um ser que tem um corpo
programado para a imitação. Segundo Verdieri (1998):
“o aluno só
estará satisfeito e plenamente realizado em sua corporeidade, a partir do
momento em que estiver participando ativamente das atividades e podendo
explorar sua criatividade, espontaneidade e rompendo com as limitações de seu
corpo, descobrindo, por si só, as coisas maravilhosas que pode realizar com
seus gestos” (VERDIERI, 1998, pag. 64)
O professor
de dança associada à educação, deve ter consciência de que seu papel é o de
proporcionar que o aluno se conheça enquanto corpo e criatividade. Na maioria
dos casos de aulas de dança, “o aluno é tratado como um repetidor de movimentos
mecanizados” (VERDIERI, 1998, pag. 64), elevando o professor ao patamar de
comandante, o que priva a expressão natural de cada indivíduo que faz aquela
aula. Cada aluno é um ser único ali, diferente de todos, e essas diferenças,
inerentes à cada um, interferem no processo de aprendizagem de cada um. Segundo
Nanni (1998) deve-se ter em mente que:
“Apesar da
sequência do desenvolvimento motor ser o mesmo para todas as crianças, ele não
ocorre com a mesma velocidade de progressão, esta em estreita relação com o
estímulo e experiências propiciadas à criança e também em relação as diferenças
individuais. Assim, uma criança jamais “correrá” antes de “andar” e diferentes
crianças apresentarão padrões distintos de desenvolvimento em termos de
velocidade.” (NANNI, 1998, pag. 43)
O
professor deve considerar que o momento atual é o da inovação e que o corpo de
cada indivíduo, está cheio de emoções e sentimentos que precisam ser
expressados de alguma forma, portanto, deve entrar no âmbito do auxílio à essa
expressão e afloração da criatividade.
Além
disso, o professor deve equilibrar a exigência da aula com o estímulo do
interesse do aluno. Para isso, ele pode “buscar exercícios especiais que sirvam
como impulsores para novas aquisições técnicas que entusiasmem o aluno”
(OSSONA, 1984, pag. 156). Segundo Ossona (1984), a arte de cada ser humano
começa na tenra idade, e por isso é preciso estimular essa arte desde cedo, uma
vez que ela pode se perder em meio a tantos conhecimentos que podem aparecer no
decorrer da vida.
REFERÊNCIAS
NANNI, Dionísia. Dança
educação: pré-escola a universidade. 2. ed. Rio de Janeiro:
1998.
VERDERI, Érica Beatriz L. P.
Dança na escola. 2°ed. Rio de Janeiro. 1998.
OSSONA, Paulina. Educação
pela Dança. São Paulo: Summus. 2a ed. 1984.
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